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Mário Silva _ Arte (AI)

" Se arte é definida como qualquer criação humana que expresse beleza, criatividade ou significado, então as obras de IA podem certamente ser consideradas arte."

Mário Silva _ Arte (AI)

" Se arte é definida como qualquer criação humana que expresse beleza, criatividade ou significado, então as obras de IA podem certamente ser consideradas arte."

"Livro de receitas de compotas de frutos" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 30.10.24

"Livro de receitas de compotas de frutos"

Mário Silva (AI)

30Out Livro de receitas de compotas de frutos_ms

A pintura digital "Livro de receitas de compotas de frutos", de Mário Silva, apresenta uma natureza morta clássica com uma abordagem contemporânea.

A composição é centrada num livro antigo, coberto por uma capa de couro castanho e adornado com letras douradas, que serve como ponto focal da obra.

Ao redor do livro, encontram-se objetos relacionados à confeção de compotas: um pote de vidro com mel, uma colher de pau, maçãs e romãs.

A cena é iluminada por uma luz suave e quente, que confere aos objetos uma aparência apetitosa e convidativa.

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A pintura de Mário Silva evoca uma série de reflexões sobre a relação entre o homem e a natureza, a tradição e a modernidade, e a importância da alimentação na cultura.

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Representa o conhecimento ancestral, a tradição e a sabedoria transmitida através das gerações.

O livro de receitas de compotas simboliza a importância de preservar as receitas tradicionais e o conhecimento sobre a conservação de alimentos.

Associado à doçura, à prosperidade e à vida longa, o mel é um alimento sagrado em muitas culturas.

Na pintura, ele representa a abundância e a natureza generosa.

Frutas associadas à fertilidade, à saúde e ao conhecimento. A romã, em particular, é um símbolo de vida e renascimento em muitas culturas.

Um utensílio simples e tradicional, utilizado para misturar e servir alimentos.

A colher de pau representa a conexão com a natureza e com as práticas culinárias ancestrais.

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A composição da pintura é equilibrada e harmoniosa.

Os objetos estão dispostos de forma a criar uma sensação de ordem e tranquilidade.

A luz suave e quente cria uma atmosfera acolhedora e convidativa.

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A pintura digital permite a Mário Silva criar uma imagem realista e detalhada, com texturas e reflexos que conferem aos objetos uma aparência tridimensional.

As cores são vibrantes e quentes, transmitindo uma sensação de calor e aconchego.

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A pintura de Mário Silva lembra-nos a importância da confeção de compotas para o aproveitamento da fruta excedentária.

A produção de compotas era uma prática comum em diversas culturas, permitindo conservar a fruta por mais tempo e garantir o abastecimento alimentar durante os meses mais frios.

Além disso, a confeção de compotas era uma atividade social e familiar, que reunia as pessoas em torno de um objetivo comum.

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Em conclusão, "Livro de receitas de compotas de frutos" é uma obra que transcende a mera representação de objetos.

Através de uma linguagem visual rica em simbolismo e emoção, Mário Silva convida-nos a refletir sobre a importância da tradição, da natureza e da alimentação nas nossas vidas.

A pintura é um convite à valorização das nossas raízes e à preservação do conhecimento ancestral.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"Cegos de Lisboa" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 28.10.24

"Cegos de Lisboa"

Mário Silva (AI)

28Out Cegos de Lisboa_ms

A pintura intitulada "Cegos de Lisboa" de Mário Silva, apresenta uma cena urbana que parece retratar três homens caminhando lado a lado, imersos no ambiente de uma cidade, provavelmente Lisboa.

Esta pintura digital, com uma paleta monocromática em tons de sépia, evoca uma sensação de seriedade e introspeção.

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Três homens idosos caminham juntos, todos usando roupas semelhantes: casacos compridos, cachecóis, óculos escuros e com bolsas a tiracolo.

Todos têm uma expressão séria e mantêm uma postura ereta e firme, com um ar de determinação e propósito.

Eles estão lado a lado, avançando em direção ao observador.

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O cenário sugere uma rua urbana movimentada, com prédios ao fundo e pessoas ao redor, embora o foco da imagem esteja claramente nos três homens.

A arquitetura ao fundo possui características clássicas, com edifícios de janelas retangulares, típicos de zonas urbanas históricas, reforçando a ideia de que a cena se passa em Lisboa.

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O uso de uma paleta monocromática em tons de sépia dá um tom nostálgico e melancólico à obra, evocando o passado ou uma realidade atemporal.

As linhas são precisas e há um forte contraste entre as sombras e as luzes, o que contribui para a dramaticidade da cena.

O estilo gráfico lembra uma combinação de realismo e ilustração, o que confere à pintura um ar editorial ou fotográfico.

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O título da pintura, "Cegos de Lisboa", sugere que os homens representados estão de alguma forma desligados da visão literal ou metafórica.

Usando óculos escuros, que bloqueiam a comunicação visual com o observador, há uma forte metáfora sobre o "não ver", que pode simbolizar a cegueira não apenas física, mas também emocional, social ou política.

Eles parecem desprovidos da necessidade de observar o que está ao redor, caminhando com confiança apesar disso, como se tivessem um destino claro, uma jornada definida por intuição ou sabedoria interna.

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A idade avançada dos personagens sugere um tema central da obra: a passagem do tempo e o acumular de experiências.

Os três homens representam uma geração, talvez uma classe trabalhadora ou intelectual, que caminha junta com um propósito comum.

A escolha por retratar personagens idosos traz à tona questões sobre o envelhecimento, a sabedoria adquirida ao longo da vida e a ideia de caminhar para o fim da jornada, mas ainda de forma ativa e determinada.

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Embora estejam numa cidade, a obra transmite uma sensação de isolamento e introspeção.

A cidade, geralmente um espaço de movimento e interação, aqui torna-se um pano de fundo quase estático, com as figuras principais isoladas emocionalmente do ambiente.

Apesar de estarem juntos, os três homens parecem profundamente absortos nos seus próprios pensamentos, o que cria uma sensação de "solidão coletiva" – estão acompanhados, mas cada um parece imerso em sua própria caminhada interior.

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Mário Silva, à semelhança de vários artistas, usa o realismo com um toque narrativo e simbólico.

A forma como ele capta a dureza da vida urbana e o envelhecimento evoca uma crítica social implícita.

Os "Cegos de Lisboa" podem ser vistos como representantes de uma geração que já viu muito, mas que agora caminha de olhos fechados, talvez num estado de alienação ou resignação perante o mundo moderno.

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O facto de serem "cegos" e de andarem com confiança pode ser uma crítica a uma geração que continua a mover-se no mesmo ritmo, sem ser capaz de ver ou enfrentar as mudanças à sua volta.

Pode haver uma leitura crítica sobre o status quo em Lisboa ou em Portugal como um todo, onde as transformações sociais e económicas às vezes passam despercebidas ou são ignoradas por aqueles que caminham de olhos fechados.

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Em conclusão, "Cegos de Lisboa" é uma obra densa em simbolismo e metáfora, que toca em temas como a cegueira – literal e metafórica –, o envelhecimento, e a alienação na vida urbana.

Mário Silva, com o seu estilo preciso e monocromático, cria uma narrativa visual que convida o observador a refletir sobre a passagem do tempo e o papel da sociedade em guiar ou desviar aqueles que já caminham com a experiência de uma vida longa.

Os três homens, fortes e determinados, simbolizam não só a resiliência, mas também a potencial alienação daqueles que continuam a avançar sem "ver" o que está realmente ao redor.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"A Noiva" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 26.10.24

"A Noiva"

Mário Silva (AI)

26Out A Noiva_ms

"A Noiva" de Mário Silva, apresenta uma cena de casamento que se destaca por uma atmosfera sombria e dramática, evocando algumas características estilísticas semelhantes às obras de Paula Rego.

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A pintura retrata uma noiva no centro, vestida com um tradicional vestido branco de casamento.

Ela está sentada de maneira rígida, com as mãos segurando um buquê de rosas, parecendo melancólica e perdida em pensamentos.

À sua esquerda, há uma mulher de aparência severa, provavelmente uma dama de companhia ou uma figura maternal, que também está segurando algo, mas a sua postura é pesada, como se estivesse imersa em tristeza ou desaprovação.

À direita, vemos a figura de um homem de costas (provavelmente o noivo) em traje de cerimónia, afastando-se da noiva, enquanto outra pessoa, curvada, parece estar de joelhos, ocupando-se de uma qualquer tarefa.

O ambiente é sombrio e minimalista, com paredes cinzas, que contrastam com o brilho do vestido branco da noiva.

Há uma sensação de tensão na sala, que é amplificada pela luz forte que incide sobre as figuras de maneira dramática.

O uso de cores contrastantes – o branco brilhante do vestido, o preto do traje do noivo e os tons terrosos em volta – cria um efeito visual forte, destacando a noiva como o centro da cena, enquanto as outras figuras se misturam num fundo de sombras.

As pinceladas são grossas e quase exageradas, contribuindo para um estilo dramático que lembra a obra de Paula Rego, que frequentemente aborda temas sombrios e psicológicos.

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A obra de Mário Silva nesta pintura evoca temas e estilos que são frequentemente associados a Paula Rego.

Rego é conhecida por explorar as complexidades das relações humanas, especialmente em contextos familiares e sociais.

Assim como Rego, Silva utiliza a figura feminina como um ponto central da narrativa, mas em vez de idealizar a cena de casamento, ele transforma a ocasião em algo pesado e inquietante.

A postura rígida da noiva e a sua expressão distante contrastam com as expetativas tradicionais de alegria associadas a casamentos, sugerindo um subtexto emocional profundo e talvez doloroso.

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A pintura parece contar uma história além do que está visível.

A relação entre a noiva e o noivo é ambígua – o noivo está de costas, afastando-se, enquanto a noiva está imóvel, sugerindo que o casamento pode estar marcado por sentimentos de frustração, resignação ou até mesmo rejeição.

A presença da figura ao lado, possivelmente uma figura de autoridade ou parental, adiciona uma camada de julgamento ou desaprovação, como se estivesse a reforçar o peso da tradição sobre a noiva.

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O vestido branco da noiva, tradicionalmente associado à pureza e à celebração, neste contexto parece mais uma prisão visual.

A rigidez da sua postura e o seu rosto sem expressão denotam uma alienação em relação à sua própria condição.

O homem de costas pode simbolizar a ausência emocional ou uma separação iminente, enquanto a figura curvada no chão sugere uma dinâmica de poder, submissão ou hierarquia, comuns em muitas das obras de Paula Rego, que tratam da opressão das figuras femininas.

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Em conclusão, "A Noiva" de Mário Silva é uma obra poderosa que subverte as expetativas de uma cena de casamento típica.

Em vez de retratar a felicidade e a união, a pintura explora sentimentos de isolamento, submissão e talvez até o fracasso de relações humanas.

Ao adotar um estilo visual que lembra Paula Rego, Mário Silva utiliza simbolismo, contraste de cores e expressões sombrias para criar uma narrativa visual rica e inquietante, deixando o observador refletir sobre o papel da tradição, das expectativas sociais e das emoções reprimidas em momentos aparentemente celebratórios.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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O Tempo Passa

Mário Silva, 24.10.24

O Tempo Passa

24Out O tempo que passa_ms

O tempo passa, como um rio que corre,

Leva consigo o que foi e o que será.

O presente é um instante fugaz,

Que se esvai como a névoa ao amanhecer.

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Há um minuto atrás, era passado,

Agora é presente, e logo será futuro.

O tempo é um enigma, um mistério profundo,

Que nos desafia a viver cada momento com tudo.

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O passado é um livro que já foi lido,

O futuro é um livro que ainda está por vir.

O presente é a página que estamos lendo agora,

Que nos convida a viver com alegria e amor.

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O tempo passa, mas não nos leva,

Se soubermos aproveitar cada momento que nos é dado.

O tempo é um presente, um tesouro precioso,

Que devemos valorizar e viver com intensidade.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"Lanche com bolos e vinho do Porto"

Mário Silva, 22.10.24

"Lanche com bolos e vinho do Porto"

20Out Lanche com bolos e vinho do Porto_ms

A obra digital intitulada "Lanche com bolos e vinho do Porto" de Mário Silva apresenta duas mulheres sentadas num café elegante, num cenário que remete a uma cidade europeia clássica, possivelmente Paris.

As personagens estão concentradas, segurando taças de vinho do Porto, e diante delas estão bolos dispostos em pratos.

O fundo da pintura é dominado por uma paisagem urbana de prédios históricos, cúpulas e uma rua movimentada por pedestres e outros clientes do café.

O estilo monocromático em tons de cinza e preto contrasta com os lábios vermelhos das mulheres, que são os únicos pontos de cor vibrante na obra.

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Ambos os elementos (vinho do Porto e bolos)  remetem a um ambiente de conforto e prazer.

O vinho do Porto, conhecido pela sua tradição portuguesa e conotação de sofisticação, simboliza um momento de contemplação e conexão.

O bolo, por sua vez, representa indulgência e celebração.

A combinação desses elementos sugere um encontro íntimo, possivelmente de celebração ou reflexão.

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As duas mulheres estão sérias, com olhares contemplativos, o que pode simbolizar uma reflexão interna ou uma interação profunda, que contrasta com a leveza do cenário ao redor.

A ausência de sorrisos sugere uma tensão ou introspeção, dando um caráter psicológico à cena.

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O uso do preto e branco pode simbolizar intemporalidade, lembrando uma fotografia antiga ou uma memória congelada no tempo.

O vermelho intenso nos lábios é o único destaque de cor, sugerindo paixão, vitalidade ou até desejo reprimido num meio de uma atmosfera mais fria e calculada.

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A paisagem ao fundo, com sua arquitetura clássica e atmosfera europeia, evoca um ambiente cosmopolita e histórico, como Paris, Lisboa ou Porto, sugerindo um encontro num local significativo culturalmente.

A lâmpada de rua e as cadeiras externas reforçam a ideia de um momento público, mas o foco das duas mulheres cria um contraste íntimo dentro desse espaço público.

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A obra de Mário Silva combina uma estética clássica com técnicas modernas de pintura digital.

A escolha da monocromia, junto com o uso discreto do vermelho, cria uma narrativa visual que brinca com o conceito de dualidade: o público e o privado, o interno e o externo, o sofisticado e o simples.

O olhar fixo e desligado das mulheres sugere uma história não contada, um mistério emocional ou psicológico que o observador é convidado a desvendar.

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A composição lembra cenas clássicas de pintores europeus, mas com um toque contemporâneo e emocionalmente carregado.

O uso do vinho do Porto e dos bolos pode ser visto como um símbolo cultural português, mas inserido num cenário que transcende fronteiras nacionais.

Essa mistura de elementos reforça a ideia de universalidade nas experiências humanas de prazer, introspeção e relações.

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Em resumo, "Lanche com bolos e vinho do Porto" é uma obra que desafia o observador a refletir sobre o papel dos momentos íntimos num meio à vida pública, ao mesmo tempo em que celebra a estética do passado com um toque digital moderno.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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"O Céu e o Inferno"

Mário Silva, 20.10.24

"O Céu e o Inferno"

20Out O Céu e o Inferno_ms

A obra digital "O Céu e o Inferno" de Mário Silva apresenta uma dualidade dramática e intensa entre as forças divinas e as esferas infernais.

No topo da composição, uma figura divina, provavelmente uma representação de Deus, senta-se no meio de anjos e nuvens, cercado por luzes celestiais.

As asas de anjos e querubins envolvem a cena superior, onde a luz é predominante, e a aura em torno da figura central sugere poder, santidade e omnipotência.

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A parte inferior do quadro apresenta uma visão caótica e dantesca do Inferno.

Aqui, vemos esqueletos, almas em tormento e figuras demoníacas imersas num cenário de fogo, destruição e sofrimento.

Os rios de lava e a cor alaranjada das chamas criam um contraste direto com a parte superior da obra, dominada pelo azul, cinza e dourado das nuvens e figuras celestes.

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O conceito de oposição entre as forças do bem e do mal, do divino e do profano, é claro na composição.

A figura de Deus, elevada e centralizada no topo, simboliza o controle divino sobre os destinos das almas, enquanto o Inferno, com a sua confusão e dor, representa a consequência da perdição e do pecado.

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Deus representado no topo remete a uma figura tradicional do cristianismo, com longos cabelos e barba, numa postura de julgamento e serenidade.

A sua posição central, cercada por anjos, pode simbolizar a justiça divina, o controle absoluto sobre o bem e o mal.

Os anjos à sua volta representam a pureza e a intercessão entre o divino e o humano.

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A parte inferior é uma visão apocalíptica e caótica.

As figuras esqueletais simbolizam a morte, enquanto os demónios e criaturas torturadas representam o eterno sofrimento das almas condenadas.

Esta visão pode remeter à tradição de Dante Alighieri em "A Divina Comédia", especialmente a parte referente ao "Inferno", onde os pecadores enfrentam castigos eternos.

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As cores são fundamentais para a separação simbólica entre Céu e Inferno.

O uso de tons frios e claros para o céu cria uma sensação de paz e transcendência, enquanto as cores quentes e violentas do Inferno expressam dor, sofrimento e caos.

Esse contraste também sugere a batalha espiritual entre salvação e condenação.

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O quadro é permeado de simbolismo religioso clássico.

Deus no topo do Céu simboliza a recompensa divina para os justos, enquanto o Inferno é a personificação visual do sofrimento eterno e do afastamento de Deus.

A presença dos anjos e demónios reforça essa dualidade e a luta contínua entre as forças espirituais.

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A obra "O Céu e o Inferno" de Mário Silva apresenta uma poderosa narrativa visual que explora os temas da salvação, condenação e do julgamento final.

A composição é grandiosa e evocativa, e o uso de elementos religiosos tradicionais num formato digital moderno reflete a contínua relevância dessas questões na arte contemporânea.

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O artista consegue equilibrar a tensão entre o divino e o infernal, utilizando composições complexas e detalhadas que remetem à pintura renascentista e barroca, mas com uma estética digital única que acrescenta um novo dinamismo à obra.

O equilíbrio entre a serenidade do Céu e o caos do Inferno cria uma experiência visual que convida o observador a refletir sobre a natureza do destino e da moralidade.

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A obra também é um estudo sobre a justiça divina e o livre arbítrio, refletindo a visão teológica de que as escolhas humanas determinam o destino eterno.

A grandeza da figura de Deus, em contraste com o caos do Inferno, sublinha a ideia de uma ordem superior que controla e julga as almas humanas.

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Em suma, "O Céu e o Inferno" é uma obra rica em simbolismo religioso e filosófico, que combina tradição e modernidade, convidando o observador a contemplar temas atemporais sobre vida, morte, moralidade e o destino da alma.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"A desertificação e seca mundial" – Mário Silva (AI)

Mário Silva, 18.10.24

"A desertificação e seca mundial"

Mário Silva (AI)

18Out A desertificação e seca_ms

A pintura digital de Mário Silva, intitulada "A desertificação e seca mundial", transmite uma sensação de isolamento, estagnação e fragilidade da natureza, com um forte apelo ambiental.

A obra apresenta uma paisagem desértica com árvores secas, enraizadas num solo rachado e árido, sugerindo a escassez de recursos e a devastação causada pela desertificação e seca.

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As árvores sem folhas são o elemento central, destacando o impacto da desertificação.

Os seus ramos retorcidos e raízes expostas simbolizam a morte e a fragilidade da natureza, num mundo onde a água é escassa.

As raízes, ramificadas em padrões complexos pelo chão rachado, parecem presas e sem chance de recuperação.

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A presença de uma figura humana vestindo um casaco dourado reflete uma dualidade.

A cor dourada pode simbolizar a preciosidade da natureza ou a vida que ainda resta, mas também destaca a solidão dessa pessoa num ambiente inóspito.

Ela observa o cenário desolado, sugerindo contemplação ou até mesmo impotência diante das mudanças climáticas.

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As folhas caídas, de cor outonal, podem representar o ciclo da vida interrompido pela desertificação.

O círculo flutuante com uma árvore estilizada pode ser interpretado como um símbolo de esperança ou memória de um mundo outrora fértil.

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A composição de Mário Silva, rica em detalhes oníricos e surreais, parece servir como um alerta sobre a deterioração ambiental, enfatizando a importância da preservação dos recursos naturais.

A atmosfera da obra é ao mesmo tempo calma e perturbadora, com as suas tonalidades suaves contrastando com a realidade desoladora que representa.

O artista utiliza uma paleta de cores quentes, misturando ocre, dourado e tons pastéis, para evocar tanto a beleza da natureza quanto a sua possível extinção.

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A obra parece convidar o observador a refletir sobre os efeitos das ações humanas no meio ambiente e o futuro sombrio que a desertificação pode trazer.

Ela desperta um senso de urgência e melancolia, sugerindo que, a menos que haja mudanças, o ciclo natural da vida será interrompido, levando à estagnação.

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"A desertificação e seca mundial" é uma crítica às ações humanas e as suas consequências no planeta, alertando para o destino da Terra caso não se adotem medidas de proteção ao meio ambiente.

O uso de elementos surreais e simbólicos reforça a mensagem da fragilidade da vida num mundo ameaçado pela escassez de água e pela destruição dos ecossistemas.

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A obra pode ser vista como uma chamada à responsabilidade e à conscientização global em relação à crise climática e ao futuro do planeta.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"Deus no Céu e Diabo no Inferno" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 16.10.24

"Deus no Céu e Diabo no Inferno"

Mário Silva (AI)

16Out Deus e Céu_Diabo e Inferno_ms

A pintura digital "Deus no Céu e Diabo no Inferno" de Mário Silva apresenta uma iconografia clássica, porém reinterpretada sob uma ótica contemporânea.

A obra divide-se em duas esferas distintas: o céu e o inferno.

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O Céu é representado por uma paleta de cores claras e vibrantes, com Deus como figura central, irradiando luz e cercado por anjos.

A atmosfera é serena e celestial, transmitindo uma sensação de paz e bem-aventurança.

Em contraste, o inferno é retratado em tons escuros e quentes, com o diabo como figura proeminente, exalando fogo e rodeado por almas atormentadas.

A atmosfera é caótica e infernal, transmitindo uma sensação de angústia e tormento.

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A obra de Mário Silva, ao abordar um tema tão antigo e carregado de simbolismo, convida a uma reflexão profunda sobre questões existenciais como o bem e o mal, a vida e a morte, o céu e o inferno.

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O artista utiliza elementos iconográficos tradicionais, como a figura de Deus como criador e o diabo como tentador, mas os reinterpreta de forma pessoal e contemporânea.

As figuras são mais humanizadas e a composição da obra é mais dinâmica, o que a distancia das representações mais estáticas da arte religiosa tradicional.

A obra explora de forma marcante a dualidade entre o bem e o mal, o céu e o inferno.

O contraste entre as duas esferas é enfatizado pelas cores, pelas formas e pela atmosfera.

Essa oposição binária é um recurso comum na arte religiosa, mas Silva utiliza-a para criar uma obra visualmente impactante e emocionalmente envolvente.

A pintura levanta questões sobre a natureza humana, a existência de um plano divino e o destino da alma após a morte.

Ao apresentar uma visão tão clara e polarizada do céu e do inferno, o artista convida o observador a refletir sobre as suas próprias crenças e valores.

A utilização da técnica digital permite a Mário Silva criar uma obra com um alto grau de realismo e detalhe, além de possibilitar a manipulação das cores e das formas de forma mais livre.

Essa técnica contemporânea contrasta com a temática tradicional da obra, criando uma tensão interessante.

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Em conclusão, "Deus no Céu e Diabo no Inferno" é uma obra que transcende a mera representação iconográfica, convidando o observador a uma reflexão profunda sobre questões existenciais.

A habilidade de Mário Silva em combinar elementos tradicionais e contemporâneos resulta numa obra visualmente impactante e intelectualmente estimulante.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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Uma estória não verdadeira ... "… E Depois Fez-se Luz"

Mário Silva, 14.10.24

Uma estória não verdadeira ...

"… E Depois Fez-se Luz"

14Out E depois fez-se Luz_ms

Era uma manhã cinzenta e chuvosa numa pequena cidade perdida no interior.

Joaquim, um homem de meia idade, levantava-se da sua cama com um enorme bocejo.

Ele olhou pela janela e viu que o dia não prometia muita animação.

- Outro dia nublado. Que tédio! - exclamou Joaquim.

Ele caminhou preguiçosamente até à cozinha em busca do seu café da manhã.

Quando chegou lá, deu de cara com a sua esposa Dona Raquel, reclamando como sempre.

- Joaquim, você não pode continuar dormindo até tão tarde! Tem que começar o dia cedo para aproveitar melhor - ralhou Dona Raquel.

- Ora, meu bem, é sábado! Deixe-me curtir um pouco o meu descanso, está bem?" - respondeu Joaquim com um suspiro.

De repente, um forte clarão iluminou a cozinha, seguido de um estrondo ensurdecedor.

- Ai, meu Deus! O que foi isso? - gritou Dona Raquel assustada.

Joaquim correu até a janela e viu que em toda a vizinhança as luzes haviam-se apagado.

- Parece que houve uma queda de energia. Que azar o nosso!" - lamentou-se Joaquim.

Os dois ficaram alguns minutos no escuro, irritados com a situação.

Até que Dona Raquel teve uma brilhante ideia.

- Já sei! Vamos acender umas velas e fazer um piquenique na sala. Assim pelo menos divertimo-nos um pouco - sugeriu ela.

Joaquim olhou para a esposa surpreso, mas logo concordou com a proposta.

Os dois puseram-se a arrumar a sala com as velas e uma toalha no chão, transformando-a num aconchegante cenário.

Quando tudo estava pronto, Dona Raquel e Joaquim sentaram-se no chão e começaram a comer as suas sandes.

Para a surpresa de ambos, aquele momento de penumbra tornou-se muito mais agradável do que imaginavam.

As chamas das velas criavam uma atmosfera acolhedora, que os fazia esquecer do tédio inicial.

Eles conversaram, riram e até mesmo dançaram um pouco, aproveitando a ausência de luz.

Ao final da tarde, quando a energia elétrica finalmente voltou, Joaquim e Dona Raquel olharam-se e sorriram.

- Viu, meu amor? Até que essa falta de luz não foi tão ruim assim - disse Dona Raquel.

- Tem razão, querida. Às vezes, é preciso que tudo fique escuro para que possamos enxergar a verdadeira luz - concluiu Joaquim, dando um beijo apaixonado à sua esposa.

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E assim, naquela tarde cinzenta, o casal descobriu que a melhor luz vem de dentro de nós mesmos.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"O rio entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, em tempos muito remotos" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 12.10.24

"O rio entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia,

em tempos muito remotos"

Mário Silva (AI)

12Out Porto antigo_ms

A pintura digital de Mário Silva transporta-nos para um Porto e uma Vila Nova de Gaia de tempos longínquos, onde a serenidade do Douro contrasta com a vibração urbana.

A obra, com sua paleta de tons quentes e terrosos, evoca uma atmosfera nostálgica e poética, convidando o observador para uma viagem no tempo.

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A obra retrata um trecho do rio Douro, com as duas cidades marcando a paisagem.

A ponte, elemento arquitetónico icónico, liga as duas margens, enquanto o rio, calmo e refletivo, espelha a cidade nas suas águas.

Um barco rebelo antigo, com as suas velas esticadas ao vento, corta a superfície do rio, adicionando um toque de movimento à cena.

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A cidade do Porto, com os seus edifícios históricos e a Sé do Porto ao fundo, apresenta-se imponente, enquanto Vila Nova de Gaia, com suas casas coloridas e armazéns de vinho, exibe um caráter mais intimista.

A atmosfera é envolvente, com a luz do sol a banhar a cidade, criando um jogo de sombras e realçando as texturas dos edifícios.

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A obra evoca uma sensação de saudade e melancolia, transportando o observador para um passado idealizado.

A escolha da paleta de cores e a representação da cidade com um ar mais antigo contribuem para essa atmosfera.

A pintura mistura elementos realistas, como a representação precisa dos edifícios, com elementos fantásticos, como a luz intensa e as nuvens estilizadas, criando um efeito mágico e onírico.

A composição da obra é equilibrada, com a linha do horizonte dividindo a imagem em duas partes e os elementos visuais organizados de forma harmoniosa.

A presença de um barco rebelo antigo e a representação da cidade com edifícios históricos demonstram um cuidado do artista em retratar um período específico da história do Porto e de Vila Nova de Gaia.

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Embora a obra evoque um passado remoto, a representação arquitetónica e os detalhes históricos podem não ser totalmente precisos.

A atmosfera nostálgica e idealizada da pintura pode ser vista como um excesso de romantismo, distanciando a obra de uma representação mais realista do passado.

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Em conclusão, "O rio entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, em tempos muito remotos" é uma obra que encanta pela sua beleza e pela atmosfera que evoca.

A habilidade de Mário Silva em criar uma narrativa visual e em transportar o observador para um outro tempo é notável.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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