"Dia de Todos-Os-Santos" 2 - Mário Silva (AI)
"Dia de Todos-Os-Santos" 2
Mário Silva (AI)
A segunda pintura digital intitulada "Dia de Todos-Os-Santos", de Mário Silva, retrata uma reunião de santos com uma abordagem mais vibrante e abstrata.
As cores são intensas e vivas, destacando as vestes coloridas dos santos e os halos dourados que os identificam como figuras sagradas.
O fundo dinâmico e cheio de movimento, com tons de laranja, azul, verde e vermelho, transmite uma sensação de vitalidade espiritual e conexão com o divino.
As figuras, embora estilizadas, mantêm uma postura de oração, remetendo à santidade e à união espiritual entre elas.
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A escolha das cores intensas e a sobreposição de pinceladas criam um contraste visual forte, onde cada figura se destaca individualmente e, ao mesmo tempo, faz parte de um todo harmonioso.
Esse uso de cores vivas pode simbolizar a diversidade de virtudes e carismas dos santos, que, embora diferentes, compartilham o mesmo objetivo: a busca da santidade.
Os halos e as vestes amplas continuam a reforçar a ideia da pureza e da elevação espiritual.
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A obra parece querer romper com uma visão tradicional e estática dos santos, ao utilizar técnicas contemporâneas que trazem um dinamismo visual.
Cada figura, embora separada por cor e características, está unida pela postura de oração e pelos traços divinos, sugerindo que a santidade está ao alcance de todos, em diferentes formas.
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A Igreja Católica evoca os seus santos como um meio de aproximar os fiéis da santidade e de Deus.
Os santos são vistos como exemplos vivos de como seguir a Cristo em diferentes épocas e circunstâncias.
Eles são modelos de virtude, perseverança e fé, que servem de inspiração aos católicos.
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Além disso, a Igreja Católica acredita na intercessão dos santos, ou seja, que os santos, já estando na presença de Deus, podem interceder por aqueles que ainda estão na Terra.
Ao rezar a um santo, o católico não está adorando o santo, mas pedindo que ele interceda junto a Deus em seu favor, como um amigo espiritual que pode ajudar nas suas necessidades.
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A veneração de santos, anjos, arcanjos e outras entidades espirituais dentro do catolicismo pode parecer contraditória com a sua base monoteísta.
No entanto, é importante fazer a distinção entre veneração e adoração.
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Veneração ou honra é dada aos santos e anjos, reconhecendo-os como servos de Deus que desempenharam papéis importantes no plano divino.
Os santos são honrados pela sua vida de fidelidade a Deus e servem como intermediários que podem levar as orações dos fiéis a Deus.
Já os anjos e arcanjos são seres espirituais criados por Deus para cumprir missões específicas, conforme relatado nas Escrituras.
Eles não são adorados, mas reconhecidos pela sua proximidade com Deus e pela sua função de proteger e guiar os seres humanos.
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Assim, a veneração dessas figuras é uma extensão do reconhecimento da glória e da ação de Deus no mundo.
A Igreja, por meio da comunhão dos santos e da veneração dos anjos, lembra os fiéis de que não estão sozinhos em sua jornada espiritual e que há um exército de intercessores prontos para auxiliá-los em seu caminho para Deus.
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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva
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