QUINTA FEIRA SANTA “A Última Ceia”
QUINTA FEIRA SANTA
“A Última Ceia”
A pintura digital "A Última Ceia" de Mário Silva retrata um dos momentos mais icónicos e significativos da tradição cristã, a última refeição de Jesus Cristo com os seus apóstolos antes da sua crucificação.
A obra apresenta uma composição que remete à famosa pintura de Leonardo da Vinci, mas com um estilo moderno e estilizado, caracterizado por traços geométricos e uma paleta de cores vibrantes, que lembram vitrais, com tons de azul, vermelho, dourado e branco predominando.
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Na pintura, Jesus está ao centro, com uma auréola luminosa ao redor da sua cabeça, simbolizando a sua divindade.
Ele está cercado pelos seus apóstolos, seis de cada lado, todos sentados à mesa, que está coberta com uma toalha branca.
Sobre a mesa, há pão e cálices, elementos centrais da Sagrada Comunhão, que Jesus instituiu durante essa ceia ao dizer que o pão era o seu corpo e o vinho, o seu sangue, estabelecendo o sacramento da Eucaristia.
A expressão dos apóstolos varia, com alguns parecendo em reflexão ou conversa, o que pode aludir ao momento em que Jesus anuncia que um deles o trairia, referindo-se a Judas Iscariotes.
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O cenário é uma sala com arcos e colunas, com uma janela ao fundo que deixa entrar uma luz suave, reforçando a atmosfera sagrada e solene do momento.
A estilização geométrica dá à pintura um ar contemporâneo, mas sem perder a reverência ao tema religioso.
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A Quinta-feira Santa, também conhecida como Quinta-feira da Paixão, é um dia central na Semana Santa, que culmina na Páscoa.
Este dia marca a celebração da Última Ceia de Jesus Cristo com os seus apóstolos, um evento que ocorreu na véspera da sua crucificação, na sexta-feira.
A Última Ceia foi celebrada como uma festa de Páscoa judaica, o Pessach, que comemora a libertação dos hebreus da escravidão no Egito.
Durante essa ceia, Jesus reinterpreta os elementos tradicionais da Páscoa judaica, dando-lhes um novo significado cristão.
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Na Última Ceia, Jesus institui o sacramento da Sagrada Comunhão, ou Eucaristia, ao partilhar o pão e o vinho com os apóstolos, dizendo:
"Isto é o meu corpo, que será dado por vós" e "Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que será derramado por muitos" (conforme narrado nos Evangelhos, como em Mateus 26:26-28).
Esse ato estabelece a Eucaristia como um dos sacramentos centrais do cristianismo, simbolizando a presença real de Cristo e a sua entrega sacrificial pela humanidade.
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Além disso, a Quinta-feira Santa também comemora a instituição do sacerdócio.
Durante a ceia, Jesus lava os pés dos apóstolos, um gesto de humildade e serviço, ensinando que os líderes da Igreja devem servir ao povo de Deus.
Ele também dá aos apóstolos a missão de perpetuar a Eucaristia, dizendo: "Fazei isto em memória de mim", o que é interpretado como a fundação do sacerdócio cristão.
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A Última Ceia é profundamente simbólica.
Jesus, ao celebrar a Páscoa judaica, apresenta-se como o novo Cordeiro Pascal.
No Pessach, os judeus sacrificavam um cordeiro e marcavam as suas portas com o seu sangue para que o anjo da morte "passasse por cima" de suas casas, poupando os seus primogénitos (Êxodo 12).
Jesus, ao se oferecer como vítima sacrificial, cumpre e transcende esse simbolismo: ele se torna o Cordeiro de Deus, cujo sacrifício na cruz redime a humanidade do pecado e da morte espiritual, trazendo salvação a todos.
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A Quinta-feira Santa, portanto, é um dia de reflexão sobre o amor e a entrega de Cristo, bem como sobre os sacramentos que ele deixou à Igreja.
É também um momento de preparação para os eventos da Sexta-feira Santa, quando Jesus é preso, julgado e crucificado, e para a celebração da Ressurreição no Domingo de Páscoa.
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A pintura de Mário Silva captura essa essência com a sua estética vibrante e simbólica, convidando o observador a meditar sobre o mistério da Eucaristia e o sacrifício de Cristo, que são o coração da fé cristã.
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Texto & Pintura digital: ©MárioSilva
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