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Mário Silva _ Arte (AI)

" Se arte é definida como qualquer criação humana que expresse beleza, criatividade ou significado, então as obras de IA podem certamente ser consideradas arte."

Mário Silva _ Arte (AI)

" Se arte é definida como qualquer criação humana que expresse beleza, criatividade ou significado, então as obras de IA podem certamente ser consideradas arte."

"O Yin & Yang - A Natureza pura & A Humanização desenfreada" – Mário Silva (AI)

Mário Silva, 28.02.25

"O Yin & Yang 

A Natureza pura & A Humanização desenfreada"

Mário Silva (AI)

28Fev Yin & yang_ms

A pintura digital de Mário Silva intitulada "O Yin & Yang - A Natureza pura & A Humanização desenfreada" apresenta uma representação visual do conceito de Yin e Yang.

A obra é dividida em duas metades circulares distintas, cada uma representando um dos aspetos do dualismo.

A metade esquerda é preta, simbolizando a noite, o cosmos, e a natureza pura, com estrelas e planetas espalhados pelo espaço escuro.

A metade direita é clara, representando o dia, a terra, e a humanização desenfreada, com nuvens e uma paisagem lunar.

Na parte inferior da imagem, há uma pequena ilha com árvores e três figuras humanas, sugerindo a presença e a influência humana no ambiente natural.

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Mário Silva utiliza o símbolo clássico do Yin e Yang para explorar o contraste entre a natureza pura e a intervenção humana.

O uso do preto e branco não só reflete a dualidade tradicional, mas também enfatiza a dicotomia entre o natural e o artificial, o intocado e o modificado.

A metade escura da pintura, com a sua representação do espaço sideral, evoca um sentimento de vastidão, mistério e pureza.

Em contraste, a metade clara, com a sua paisagem lunar e nuvens, pode ser interpretada como um reflexo da Terra, mostrando como a humanidade tem alterado o ambiente natural.

A presença das figuras humanas na ilha sugere uma reflexão sobre o impacto humano no mundo natural, talvez insinuando uma crítica à "humanização desenfreada" que pode estar destruindo ou alterando a natureza.

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A técnica de desenho digital de Mário Silva é detalhada e meticulosa, com um uso eficaz de sombreado para criar profundidade e textura.

A grelha de fundo pode ser interpretada como uma referência à precisão e ao planeamento, talvez aludindo à tentativa humana de ordenar e entender o cosmos e a natureza.

A pintura pode ser vista como uma meditação sobre a balança entre a preservação da natureza e o progresso humano.

A inclusão de elementos cósmicos e terrestres juntos sugere uma interconexão universal, onde ações locais (humanas) têm implicações cósmicas.

A presença das figuras humanas, pequenas em comparação com a vastidão do círculo, pode simbolizar a humildade necessária diante da natureza.

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Em resumo, "O Yin & Yang - A Natureza pura & A Humanização desenfreada" de Mário Silva é uma obra rica em simbolismo, que utiliza o conceito de Yin e Yang para explorar temas da natureza, humanidade e o equilíbrio entre eles.

A execução técnica é impressionante, e a mensagem é tanto visualmente atraente quanto intelectualmente estimulante.

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Texto & Desenho digital: ©MárioSilva

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"A Guardiã do Inverno" - um conto transmontano

Mário Silva, 20.11.24

"A Guardiã do Inverno"

um conto transmontano

19Nov A guardiã do Inverno_ms

Naquela manhã de inverno em Trás-os-Montes, onde o frio agreste dominava a paisagem, Dona Maria ajustou o xaile negro de lã sobre os ombros enrugados.

Era um daqueles dias em que o céu baixo e plúmbeo despejava neve sobre a aldeia, cobrindo os telhados das casas de granito com um manto branco e silencioso.

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A lareira, alimentada por grossos toros de carvalho da Serra da Nogueira, era o coração pulsante da casa antiga.

O fogo dançava e estalava, projetando sombras tremulantes nas paredes de pedra, enquanto o aroma característico da madeira queimada preenchia o ambiente.

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Sentada em sua cadeira de vime, tão antiga quanto as suas memórias, a velhinha observava através da pequena janela as ruas estreitas e tortuosas da aldeia, agora desertas.

O vento uivava pelos cantos da casa, encontrando frestas invisíveis por onde se infiltrava, fazendo-a apertar mais o xaile contra o corpo magro.

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Na terra onde o inverno reina por nove meses, o silêncio tinha uma presença quase física.

Era um silêncio diferente, próprio das aldeias transmontanas, quebrado apenas pelo crepitar da lenha e pelo assobio do vento nas telhas.

De vez em quando, um floco de neve mais ousado rodopiava próximo à janela, como se dançasse uma dança solitária.

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Os olhos cansados de Dona Maria, da cor das castanhas maduras, refletiam as chamas enquanto suas mãos enrugadas ajustavam mais uma vez o xaile.

Na solidão daquela casa vazia, onde cada canto guardava histórias de tempos mais movimentados, ela era a guardiã das memórias, do calor e do silêncio.

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O dia foi escurecendo lentamente, como sempre acontece nos invernos rigorosos de Trás-os-Montes.

As sombras alongaram-se, e a neve continuava a cair lá fora, suave e constante, enquanto Dona Maria permanecia na sua vigília silenciosa, aquecida pelo fogo e envolta em pensamentos tão profundos quanto o próprio inverno transmontano.

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A casa, embora vazia e silenciosa, estava cheia da presença desta mulher forte, moldada pelo tempo e pelo clima extremo desta região única de Portugal, onde o inverno não é apenas uma estação, mas um estado de espírito que marca a alma de seus habitantes.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"A Noiva Triste" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 12.11.24

"A Noiva Triste"

Mário Silva (AI)

12Nov A noiva Triste_ms

A obra digital intitulada "A Noiva Triste", de Mário Silva, apresenta uma noiva com um vestido clássico de estilo vintage, com ricos detalhes de rendas e bordados, em tons de branco e creme.

O vestido tem uma estética renascentista, que evoca um ar de tradição e solenidade.

A imagem destaca-se pela sua composição simétrica, com ornamentos florais brancos emoldurando a noiva, contribuindo para uma atmosfera de pureza e nostalgia.

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A noiva segura um buquê de flores negras, um elemento contrastante que quebra a expetativa de alegria tradicionalmente associada a casamentos.

Essa escolha de cores e o título da obra sugerem uma narrativa de tristeza e introspeção.

O olhar da noiva, voltado para baixo, reforça essa sensação de melancolia, como se ela estivesse imersa em pensamentos profundos ou pesarosos.

A expressão dela pode simbolizar uma série de emoções complexas, que vão além do esperado para uma ocasião festiva como o casamento.

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Algumas razões para a tristeza da noiva podem estar relacionadas a sentimentos de dúvida ou sacrifício.

Talvez ela esteja a casar-se por obrigação social ou por convenções familiares, sacrificando, assim, os seus próprios desejos.

Outra possibilidade é que ela esteja lamentando uma perda anterior, carregando consigo uma memória dolorosa que o casamento não consegue apagar.

O buquê negro pode simbolizar o luto por um amor passado ou a perda da liberdade pessoal, sugerindo que, apesar da ocasião alegre, ela sente que algo importante está faltando.

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A obra, portanto, consegue criar uma forte dualidade entre a beleza visual do cenário e a emoção sombria que ela transmite, refletindo temas universais como a complexidade dos sentimentos humanos e as expetativas sociais ligadas ao casamento.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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"Flores do pássaro branco" – Mário Silva (AI)

Mário Silva, 30.09.24

"Flores do pássaro branco"

Mário Silva (AI)

30Set Flores de pássaro branco_ms

A pintura "Flores do pássaro branco" apresenta uma composição vibrante e surrealista.

Uma figura feminina, centralizada na obra, se destaca contra um fundo negro repleto de flores coloridas e elementos abstratos.

A mulher, com um vestido geométrico e um rosto estilizado com um grande olho azul, parece emergir de um jardim onírico e exuberante. Os seus cabelos, que se transformam em penas, sugerem uma conexão entre o humano e o natural.

As flores, em diversas formas e cores, parecem dançar ao redor da figura feminina, criando um ambiente mágico e quase alucinógeno.

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A mulher, com o seu olhar penetrante e a transformação dos seus cabelos em penas, pode simbolizar a conexão entre o consciente e o inconsciente, a razão e a intuição, ou ainda a dualidade da natureza humana.

O vestido geométrico pode representar a ordem e a estrutura, enquanto as penas simbolizam a liberdade e a espiritualidade.

As flores, na sua variedade e exuberância, podem representar a vida, a beleza, a fertilidade e a efemeridade.

A presença de tantas flores pode sugerir um jardim do Éden ou um paraíso perdido, mas também pode aludir à passagem do tempo e à inevitabilidade da morte.

O fundo negro, contrastando com as cores vibrantes das flores, pode representar o desconhecido, o infinito, ou o abismo psicológico.

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A técnica de pintura digital permite a Mário Silva uma grande liberdade criativa, com a possibilidade de combinar elementos realistas e abstratos, texturas e cores vibrantes.

A precisão dos traços e a suavidade das transições entre as cores são características marcantes desta obra.

A obra apresenta elementos surrealistas, como a figura feminina híbrida e o jardim onírico, que desafiam a lógica e convidam à interpretação pessoal.

A paleta de cores vibrantes e as formas expressivas das flores e da figura feminina conferem à obra um caráter expressionista, transmitindo emoções intensas e subjetivas.

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A pintura explora a relação entre a natureza e a cultura, representando a figura humana num meio ambiente natural exuberante.

A transformação dos cabelos em penas sugere uma busca por uma identidade híbrida, que transcenda as fronteiras entre o humano e o natural.

A obra parece explorar os limites entre o consciente e o inconsciente, o real e o imaginário.

O grande olho azul da figura feminina pode simbolizar a intuição e a capacidade de ver além da realidade aparente.

A figura feminina centralizada na obra pode ser vista como uma representação do poder feminino, da natureza e da criação.

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Em modo de conclusão, "Flores do pássaro branco" é uma obra rica em simbolismo e significado, que convida o observador a uma jornada introspetiva e a uma reflexão sobre a natureza humana e sua relação com o mundo natural.

A obra de Mário Silva demonstra um grande domínio da técnica da pintura digital e uma sensibilidade aguçada para a expressão de temas universais.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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