SEGUNDA FEIRA SANTA - "Jesus e os vendilhões no Templo de Jerusalém"
SEGUNDA FEIRA SANTA
"Jesus e os vendilhões no Templo de Jerusalém"
A pintura digital de Mário Silva, intitulada "Jesus e os vendilhões no Templo de Jerusalém", retrata de forma dramática e intensa um dos episódios mais marcantes da vida de Jesus, conforme narrado nos Evangelhos.
A cena captura o momento em que Jesus chega ao Templo de Jerusalém e se depara com a profanação do espaço sagrado, transformado num mercado por vendilhões e cambistas.
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Na composição, Jesus é a figura central, destacado tanto pela sua posição quanto pela luz que parece emanar dele, simbolizando a sua autoridade divina.
Ele está vestido com uma túnica branca e um manto dourado, com os braços abertos num gesto de indignação e comando.
A sua expressão é de justa ira, com os olhos fixos nos vendilhões, transmitindo uma mistura de desaprovação e determinação.
A postura de Jesus é imponente, como se ele estivesse prestes a expulsar os comerciantes do templo, conforme descrito nas escrituras: "Minha casa será chamada casa de oração, mas vós a transformastes em covil de ladrões" (Mateus 21:13).
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Ao redor de Jesus, a cena é caótica.
Os vendilhões, vestidos com trajes típicos da época, como túnicas e mantos coloridos, estão em várias posturas de reação à presença de Jesus.
Alguns parecem assustados, outros furiosos, enquanto tentam proteger as suas mercadorias ou fugir da ira de Jesus.
Há moedas espalhadas pelo chão, mesas viradas e objetos quebrados, sugerindo que Jesus já começou a expulsar os comerciantes, talvez com o uso de um chicote de cordas, como mencionado em João 2:15.
A poeira no ar e a luz que atravessa as colunas do templo criam uma atmosfera de tensão e movimento, reforçando o impacto da ação de Jesus.
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O cenário do Templo de Jerusalém é representado com detalhes arquitetónicos que remetem à grandiosidade do local, com grandes colunas de pedra e arcos que enquadram a cena.
No entanto, o chão está sujo, com restos de mercadorias e detritos, simbolizando a profanação do espaço sagrado.
A paleta de cores da pintura é composta por tons terrosos e dourados, contrastando com as vestes brancas de Jesus, que o destacam ainda mais no meio da multidão.
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A pintura de Mário Silva captura não apenas o evento histórico e religioso, mas também a emoção e o simbolismo do momento: a defesa da santidade do templo e a rejeição de Jesus à corrupção e ao desrespeito pelo sagrado.
É uma obra que transmite força, movimento e a mensagem de purificação espiritual, característica desse episódio bíblico.
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Texto & Pintura digital: ©MárioSilva
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