Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Mário Silva _ Arte (AI)

" Se arte é definida como qualquer criação humana que expresse beleza, criatividade ou significado, então as obras de IA podem certamente ser consideradas arte."

Mário Silva _ Arte (AI)

" Se arte é definida como qualquer criação humana que expresse beleza, criatividade ou significado, então as obras de IA podem certamente ser consideradas arte."

"Cegos de Lisboa" - Mário Silva (AI)

Mário Silva, 28.10.24

"Cegos de Lisboa"

Mário Silva (AI)

28Out Cegos de Lisboa_ms

A pintura intitulada "Cegos de Lisboa" de Mário Silva, apresenta uma cena urbana que parece retratar três homens caminhando lado a lado, imersos no ambiente de uma cidade, provavelmente Lisboa.

Esta pintura digital, com uma paleta monocromática em tons de sépia, evoca uma sensação de seriedade e introspeção.

.

Três homens idosos caminham juntos, todos usando roupas semelhantes: casacos compridos, cachecóis, óculos escuros e com bolsas a tiracolo.

Todos têm uma expressão séria e mantêm uma postura ereta e firme, com um ar de determinação e propósito.

Eles estão lado a lado, avançando em direção ao observador.

.

O cenário sugere uma rua urbana movimentada, com prédios ao fundo e pessoas ao redor, embora o foco da imagem esteja claramente nos três homens.

A arquitetura ao fundo possui características clássicas, com edifícios de janelas retangulares, típicos de zonas urbanas históricas, reforçando a ideia de que a cena se passa em Lisboa.

.

O uso de uma paleta monocromática em tons de sépia dá um tom nostálgico e melancólico à obra, evocando o passado ou uma realidade atemporal.

As linhas são precisas e há um forte contraste entre as sombras e as luzes, o que contribui para a dramaticidade da cena.

O estilo gráfico lembra uma combinação de realismo e ilustração, o que confere à pintura um ar editorial ou fotográfico.

.

O título da pintura, "Cegos de Lisboa", sugere que os homens representados estão de alguma forma desligados da visão literal ou metafórica.

Usando óculos escuros, que bloqueiam a comunicação visual com o observador, há uma forte metáfora sobre o "não ver", que pode simbolizar a cegueira não apenas física, mas também emocional, social ou política.

Eles parecem desprovidos da necessidade de observar o que está ao redor, caminhando com confiança apesar disso, como se tivessem um destino claro, uma jornada definida por intuição ou sabedoria interna.

.

A idade avançada dos personagens sugere um tema central da obra: a passagem do tempo e o acumular de experiências.

Os três homens representam uma geração, talvez uma classe trabalhadora ou intelectual, que caminha junta com um propósito comum.

A escolha por retratar personagens idosos traz à tona questões sobre o envelhecimento, a sabedoria adquirida ao longo da vida e a ideia de caminhar para o fim da jornada, mas ainda de forma ativa e determinada.

.

Embora estejam numa cidade, a obra transmite uma sensação de isolamento e introspeção.

A cidade, geralmente um espaço de movimento e interação, aqui torna-se um pano de fundo quase estático, com as figuras principais isoladas emocionalmente do ambiente.

Apesar de estarem juntos, os três homens parecem profundamente absortos nos seus próprios pensamentos, o que cria uma sensação de "solidão coletiva" – estão acompanhados, mas cada um parece imerso em sua própria caminhada interior.

.

Mário Silva, à semelhança de vários artistas, usa o realismo com um toque narrativo e simbólico.

A forma como ele capta a dureza da vida urbana e o envelhecimento evoca uma crítica social implícita.

Os "Cegos de Lisboa" podem ser vistos como representantes de uma geração que já viu muito, mas que agora caminha de olhos fechados, talvez num estado de alienação ou resignação perante o mundo moderno.

.

O facto de serem "cegos" e de andarem com confiança pode ser uma crítica a uma geração que continua a mover-se no mesmo ritmo, sem ser capaz de ver ou enfrentar as mudanças à sua volta.

Pode haver uma leitura crítica sobre o status quo em Lisboa ou em Portugal como um todo, onde as transformações sociais e económicas às vezes passam despercebidas ou são ignoradas por aqueles que caminham de olhos fechados.

.

Em conclusão, "Cegos de Lisboa" é uma obra densa em simbolismo e metáfora, que toca em temas como a cegueira – literal e metafórica –, o envelhecimento, e a alienação na vida urbana.

Mário Silva, com o seu estilo preciso e monocromático, cria uma narrativa visual que convida o observador a refletir sobre a passagem do tempo e o papel da sociedade em guiar ou desviar aqueles que já caminham com a experiência de uma vida longa.

Os três homens, fortes e determinados, simbolizam não só a resiliência, mas também a potencial alienação daqueles que continuam a avançar sem "ver" o que está realmente ao redor.

.

Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

.

“E eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão e tudo que entre os homens se lhes assemelhem.”

Mário Silva, 22.03.24

“E eu, que estou de bem com a vida,

creio que aqueles que mais entendem de felicidade

são as borboletas e as bolhas de sabão

e tudo que entre os homens se lhes assemelhem.”

M22 Borboletas e bolas de sabão

A frase de Friedrich Nietzsche, "E eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão e tudo que entre os homens se lhes assemelhem", pode ser interpretada de várias maneiras, mas geralmente se refere à ideia de que a felicidade é fugaz e momentânea.

Felicidade como algo leve e efêmero:

As borboletas e as bolhas de sabão são símbolos de leveza e beleza, mas também de fragilidade e efemeridade. Da mesma forma, a felicidade, para Nietzsche, não é um estado permanente, mas sim algo passageiro que deve ser apreciado enquanto dura.

Valorização do presente:

A frase também pode ser vista como um incentivo para viver o presente e aproveitar os pequenos momentos de alegria. As borboletas e as bolhas de sabão lembram-nos que a vida é passageira e que devemos valorizar cada instante.

Crítica à busca incessante pela felicidade:

Nietzsche pode estar a criticar a busca incessante pela felicidade como um objetivo final. A felicidade, para ele, não é algo que se possa alcançar de forma definitiva, mas sim algo que surge de forma inesperada e momentânea.

Apreciação da simplicidade:

As borboletas e as bolhas de sabão são coisas simples, mas que podem trazer grande alegria. Nietzsche pode estar a sugerir que a felicidade não está necessariamente nas coisas grandiosas e complexas, mas sim nas coisas simples da vida.

Importância da vitalidade:

As borboletas e as bolhas de sabão são símbolos de vitalidade e energia. Nietzsche pode estar dizendo que a felicidade está ligada à vitalidade e à capacidade de aproveitar a vida ao máximo.

Interpretação pessoal:

A interpretação da frase de Nietzsche pode variar de acordo com a perspetiva de cada pessoa. No entanto, a mensagem geral parece ser que a felicidade é algo fugaz e momentânea que deve ser apreciada enquanto dura. É importante viver o presente, valorizar as pequenas coisas da vida e não se fixar na procura incessante por um estado permanente de felicidade.

Outras interpretações:

Alguns interpretam a frase como uma crítica à moral tradicional, que muitas vezes define a felicidade como algo que só pode ser alcançado através da negação dos prazeres da vida.

Outros interpretam a frase como uma metáfora para a criatividade e a imaginação, que são essenciais para uma vida feliz.

Conclusão:

A frase de Nietzsche é rica em significado e pode ser interpretada de várias maneiras. No entanto, a mensagem central parece ser que a felicidade é algo fugaz e momentânea que deve ser apreciado enquanto dura. É importante viver o presente, valorizar as pequenas coisas da vida e não se fixar na busca incessante por um estado permanente de felicidade.

.

Texto & Pintura(AI): ©MárioSilva

.