“Alegoria à Paz” – Mário Silva (AI)
“Alegoria à Paz”
Mário Silva (AI)
Na geometria, os rostos se entrelaçam,
Figuras mudas buscam harmonia.
No traço firme, formas se abraçam,
Paz escondida na melancolia,
Silêncio eterno na sua sinfonia.
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Blocos de luz desenham a esperança,
Sombras subtis moldam o existir.
Em linhas curvas, ressurge a lembrança
De um mundo calmo, sem luta ou ferir,
Onde o amanhã se possa esculpir.
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Os rostos fitam o vazio profundo,
Cada contorno é uma prece muda.
A paz se ergue, num traço fecundo,
Ergue-se firme, ainda que insegura,
Em sonhos frágeis que a arte depura.
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No jogo sério de luz e volume,
Surge a promessa de tempos melhores.
A humanidade entre sombras resume
A ânsia febril de acalmar as dores,
Buscando o brilho em campos menores.
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Oh, "Alegoria à Paz", és a voz calma,
Que ecoa forte num mundo sem cor.
Cada retalho é reflexo da alma,
Que anseia vida, ternura e amor,
Na arte encontra o seu próprio esplendor.
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Poema em quintilhas & Desenho digital: ©MárioSilva
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